Ministro da Educação fala sobre escolas cívico-militares, ataques, Novo Ensino Médio e SNE na CE

Chefe da pasta foi ouvido na Comissão de Educação, da Câmara, para apresentar plano de atuação e prioridades do Ministério, além de responder a questionamentos dos deputados

O ministro da Educação, Camilo Santana, participou de audiência na Comissão de Educação (CE), da Câmara de Deputados, nesta quarta-feira (12). Entre os temas abordados, Santana tratou sobre escolas cívico-militares, prevenção de ataque em instituições de ensino, suspensão do novo ensino médio e da necessidade de aprovar o Sistema Nacional de Educação (SNE).

Em relação aos colégios militarizados, o ministro disse que não serão prioridades e que não houve aderência ao modelo. Ainda de acordo com Santana, de 138 mil escolas, apenas 202 implementaram o formato e que foi disponibilizado R$98 milhões, mas apenas 0,24% deste valor foi utilizado. “A adesão foi mínima, representam 0,28% das escolas. Eu não revoguei, o programa continua. Vou discutir com estados e governadores que já implementaram, para definir o que nós vamos fazer”, explicou.

Sobre os ataques violentos às instituições de ensino,o líder do Ministério da Educação (MEC) da pasta falou sobre a necessidade de acompanhamento psicológico nas escolas, além do combate ao discurso de ódio na internet. “Precisamos fortalecer um grande programa psicossocial para as escolas brasileiras. Esse não é um problema simples. O que está acontecendo nas escolas reflete a realidade da nossa sociedade. Estimulo ao ódio, à intolerância, à violência, ao armamento”, afirmou o ministro.

Já o Novo Ensino Médio (NEM), Camilo Santana contou que a suspensão se deu devido ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), de 2024. “Há uma preocupação enorme com o Enem. Estamos tendo distorções. A aplicação do Novo Ensino Médio tem diferenças entre os estados, o ensino público e privado. Não se muda o Ensino médio por decreto, por lei. Se muda por diálogo”, avaliou.

O chefe do MEC ainda disse que é preciso definir critérios para o piso nacional do magistério. “Precisamos sentar à mesa, governadores, prefeitos, Congresso Nacional, representantes de professores para definir os critérios de reajuste do piso nacional do magistério. Um país que não valoriza os professores, não pensa na educação”, destacou.

Com informações do G1, Poder 360, O Globo, R7 e Metrópoles.

 

ASCOM
Ludmilla Brandão
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