Frente da Educação cria coordenação temporária para combater casos de violência nas escolas

A deliberação foi feita após caso em Blumenau que vitimou quatro crianças dentro de creche, ataque ocorreu dez dias após ato parecido em escola de São Paulo com uma professora morta

A Frente Parlamentar Mista da Educação (FPME) vai instaurar coordenação temporária para tratar do tema de violência nas escolas. Além de debater uma política nacional de saúde mental nas escolas, protocolos de segurança, monitoramento de discurso de ódio e demais ações para evitar que essas tragédias voltem a acontecer. O objetivo é chamar especialistas e vítimas dessa violência para propor ações para o Legislativo e para o Executivo.

“O Parlamento precisa responder de forma pluripartidária, responsável e urgente. Espero poder trazer respostas muito rapidamente [a partir] dessa coordenação. Sei que as pessoas estão com medo, com razão, e que elas precisam dessa urgência, dessa responsabilidade e desse trabalho”, afirmou a presidente da FPME, deputada federal Tabata Amaral (PSB), à coluna da Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.

A presidente de honra da FPME, senadora Professora Dorinha (União Brasil-TO), a vice-presidente da FPME, deputada federal Ana Pimentel (PT-MG), o vice-presidente de Educação Básica FPME, senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), e o  secretário-geral, deputado federal Eduardo Bismarck (PDT-CE), também estão na instituição da coordenação.

“Como parlamentares e membros da Frente da Educação, precisamos de medidas para combater a violência nas escolas. A partir de ações legislativas, políticas públicas, diálogo com a sociedade e com comunidade escolar. Para identificar, tratar a raiz do problema e evitar que novas tragédias aconteçam”, disse o secretário-geral.

Ataque escolares aumentarem

De acordo com pesquisa da Unicamp e da Unesp, publicado pela Folha de são Paulo, a partir de agosto do ano passado foram dez ataque, contra 10 casos entre de 2002 a maio de 2022. A média era bienal, já nos últimos oito meses, se tornou mensal. 

O estudo, coordenado pelas pesquisadoras Telma Vinha e Cleo Garcia, ainda detalha perfil, vítimas fatais e locais:

Perfil dos agressores

  • De 10 a 25 anos
  • 16 alunos e 12 ex-alunos
  • 12 utilizaram armas de fogo
  • Na maioria dos casos, misoginia, culto a

armas e histórico de distúrbios psiquiátricos

Os mortos

  • 23 estudantes
  • 5 professores
  • 2 funcionários da educação
  • 5 atiradores (suicídio)

Locais dos ataques

  • 12 escolas estaduais
  • 7 escolas municipais (1 cívico-militar)
  • 4 escolas particulares

ASCOM

Ludmilla Brandão

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