Frente da Educação realiza primeira reunião de trabalho e define ações prioritárias para 2023

Participaram do evento parlamentares e conselho da FPME, além de representantes de instituições ligadas à educação

A Frente Parlamentar Mista da Educação (FPME) realizou na manhã desta quinta-feira (27), a primeira reunião de planejamento com os parlamentares, o Conselho Consultivo e entidades representativas e de defesa da educação. A finalidade foi definir prioridades e metas para 2023. A presidente da Frente da Educação, deputada Tabata Amaral (PSB/SP), enfatizou a importância do encontro para avançar na melhoria da educação brasileira.

“O objetivo é estabelecer a lista de prioridades, as metas para a nossa bancada da educação. Nós sabemos que temos desafios imensos quando a gente fala do combate ao racismo, da discussão do novo ensino médio, da necessidade de recompor os recursos da educação”, afirmou a presidente da Frente da Educação.

Para estabelecer as metas da FPME até dezembro deste ano, grupos temáticos definiram ações que devem ser trabalhadas. Ao todo foram sete assuntos tratados no primeiro bloco de mesa redonda: primeira infância e educação infantil; ensino técnico profissional e inclusão produtiva; ensino médio e integral; educação para Amazônia; alfabetização e ensino fundamental; permanência universitária e políticas de ampliação do acesso ao nível superior; e pesquisa, extensão, ciência e tecnologia.

No segundo bloco, houve o debate de temas transversais: financiamento da educação e infraestrutura; recuperação das aprendizagens; desenvolvimento e valorização do professor; governança federativa; avaliações educacionais, tecnologia e conectividade; educação inclusiva; educação para relações étnico-raciais e violência nas escolas.

Educação pública

Coordenadora da Comissão de Desenvolvimento e Valorização do Professor da FPME, a deputada federal professora Goreth (PDT/AP), falou da importância da Frente para lutar pelo reconhecimento dos docentes. “Esse é um tema extremamente importante para que a gente possa avançar na política de valorização, na política de reconhecimento e na importância da educação pública do nosso país”, defendeu a parlamentar.

O deputado federal Reginaldo Veras (PV/DF), coordenador da Comissão de Recuperação das Aprendizagens da FPME, ressaltou a importância de aumentar os investimentos no setor para a recomposição do conhecimento após a pandemia. “Investimentos em novas propostas pedagógicas, inclusão digital e oferta de profissionais multidisciplinares que possam fazer o acompanhamento pedagógico e até o acompanhamento de saúde mental dos nossos estudantes”, explicou.

Outro tema tratado foi a educação na Amazônia. O coordenador da Comissão de Educação para Amazônia, deputado federal Dorinaldo Malafaia (PDT/AP), explicou as especificidades da região. “Não podemos pensar a educação de maneira única, a Amazônia tem uma série de particularidades. São comunidades indígenas, comunidades ribeirinhas, extrativistas. Ou seja, o modelo educacional precisa levar em consideração essas particularidades”, apontou.

O deputado Rafael Brito (MDB/AL), coordenador da Comissão de Ensino Médio e Integral da FPME, comemorou o encontro e firmou compromisso para pautar as Casas com os temas. “Importante a gente estar aqui nesta manhã discutindo assuntos para colocar a educação numa pauta positiva do Congresso Nacional este ano. Daqui, com certeza, sairão as ações prioritárias e fundamentais para que a gente continue avançando”, afirmou.
Participou ainda da reunião o coordenador da Comissão de Ensino Técnico Profissional e Inclusão Produtiva da FPME, deputado federal Pedro Campos (PSB/PE), que reforçou a importância do encontro para fortalecer o estudante e o futuro profissional. “Definir as prioridades para a valorização do nosso ensino técnico como um grande caminho para a formação do estudante que possibilita um acesso ao mercado de trabalho e formação crítica”, pontuou.

Plenária

Ao final da reunião foi realizada uma plenária que fez os últimos ajustes e encaminhamentos no documento final que, posteriormente, será enviado para ser ratificado pelos coordenadores da Frente da Educação com todas as metas para o ano de 2023, entre iniciativas legislativas, de fiscalização, de mapeamento de dados e de diálogo com o Executivo.

Dentre os membros do Conselho estavam presentes representantes da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Cenpec, Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), União Nacional dos Estudantes (UNE), Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e entidades do terceiro setor.

ASCOM

Ludmilla Brandão

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