Dados e estatísticas ajudam na formulação de políticas educacionais

Bases de dados ricas em informações quantitativas relacionadas a professores, alunos, situação de escolas e, principalmente, informações de aprendizagem que vêm do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb/Inep) podem enriquecer o debate na formulação de políticas públicas educacionais. Esse foi o principal ponto da 6ª aula de formação de assessores em educação, na manhã desta sexta (18/10), realizada por Fernando Botelho, professor de economia da Universidade de São Paulo (USP), na Casa da Educação, em Brasília.

O professor lembrou que o Brasil tem o privilégio histórico de ter muitas informações sobre educação, e que isso se mantém cada vez mais aperfeiçoado e consolidado como política de Estado. Porém, não fazemos uso disso em todo o seu potencial. 

“Algum uso é feito, constroem-se índices, a sociedade tem alguma visibilidade de como anda a política educacional no Brasil, e isso orienta algumas políticas públicas. Mas acho que podemos fazer ainda mais com essas informações”, afirmou Botelho.

Para ele, seria importante usar os dados de maneira objetiva para propor políticas educacionais mais assertivas, levando em consideração que os investimentos na educação consomem uma quantidade substancial do orçamento público no Brasil, cerca de 7% do PIB. 

Indicando fontes estatísticas e cruzamento de dados, o professor destacou que há possibilidade de extrair muitas informações a partir dessas bases, o que possibilita ampliar o conhecimento e ancorar a tomada de decisão com evidências objetivas.