Blitz da FPME monitora aplicação do primeiro dia de provas do ENEM

Professor Israel Batista (PV-DF) participa de live durante Blitz do Enem

No primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (21/11), a Frente Parlamentar Mista de Educação (FPME) realizou a segunda edição da Blitz #EnemNaFrente. Durante todo o dia, a FPME disponibilizou canais de denúncias em caso de intercorrências. Entre as denúncias, um vazamento de imagens da prova antes do horário permitido, que foi encaminhado para investigação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

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O grande destaque do dia foi para o tema da redação: “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”, que ganhou repercussão na mídia e, principalmente, nas redes sociais. Por um lado, o assunto recebeu elogios pela importância do debate para a cidadania, por outro, houve uma chuva de críticas por ser um conteúdo complexo e pouco abordado nas escolas do país.

Esta é a segunda edição da Blitz do Enem e contou com o apoio do Laboratório de estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic), do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que realizou o monitoramento das redes sociais em tempo real.

“Essa blitz tem a intenção de apoiar o Inep, os servidores e os estudantes nessa prova que guarda em si tantos sonhos, tantas expectativas e que é uma prova que foi adotada pelos brasileiros. Os brasileiros defendem o Enem como uma das principais políticas públicas do Estado brasileiro”, disse o presidente da FPME, deputado Israel Batista (PV-DF).

Durante todo o dia, a blitz transmitiu lives com a participação de parceiros da FPME para debater a prova. O primeiro convidado, Frei David, da Educafro, falou sobre a lei de cotas nas universidades do país e fez duras críticas às poucas oportunidades para pretos, pardos e indígenas no Enem 2021. “Em 2016, havia mais de 1 milhão de pretos inscritos. Em 2021, são 300 mil. Esse é o Enem mais excludente, elitista e violento com referência às diversidades”, avaliou.

À tarde, durante a aplicação da prova, o Professor Israel recebeu o professor Fábio Malini, responsável pelo Labic, que deu um panorama geral do Enem nas redes sociais, e a diretora de relações institucionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), Thaís, que relatou o sentimento dos estudantes com o Enem deste ano.

Avaliação

Por fim, às 19h, participaram da última live da Blitz do Enem, a ex-presidente o Inep e criadora do Enem, Maria Inês Fini; o coordenador da FPME, deputado Danilo Cabral (PSB-PE); o servidor do Inep, Alexandre Santos; o representante da Ubes, Marcelo Acácio; e a professora e colunista do jornal Estado de Minas Sueli Vasconcelos, que avaliaram a prova. “Eu temia pelo descrédito, mas essa prova salvou o Enem, não sei se salvou o Inep, mas o Enem, sim”, declarou Maria Inês Fini.

Para Alexandre Santos, a prova seguiu a linha do Enem. “As questões conseguiram mensurar aquilo que o Enem se propõe a mensurar. Fruto de várias mãos, mas teve um custo grande. Fico orgulhoso que os colegas se manifestaram à altura, responsabilidade de montar uma prova que respeite tudo o que está na matriz de referência . A sociedade brasileira ganhou prova com cara do Enem”, afirmou.

O deputado Danilo Cabral elogiou a mobilização realizada para que o Enem ocorresse de forma segura. “Nessa primeira avaliação tivemos uma vitória. Teremos um segundo tempo no próximo domingo e, pela forma que entramos em campo, vai representar a cara do Inep e não do governo”, destacou o parlamentar.