Educação superior no Brasil é tema de ciclo de palestra

Realizado na última quarta-feira (04/09) pela Frente Parlamentar Mista da Educação, o Ciclo de Palestra mediado pelo Senador Izalci Lucas (PSDB-DF) falou sobre a educação superior no Brasil. A mesa contou ainda com os convidados Wagner Vilas Boas de Souza, Diretor de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior do Ministério da Educação, e Paulo Barone, professor e assessor parlamentar no Senado Federal.

Transmitida pela TV e Rádio Câmara, a discussão se pautou principalmente no Future-se, iniciativa que visa ampliar a autonomia financeira das universidades e institutos federais através de incentivo à captação de recursos próprios. O senador Izalci destacou a importância do programa recém-lançado para que o conhecimento produzido nas universidades seja fortalecido e ampliado para a sociedade. “A iniciativa proposta pelo Ministério da Educação tem o objetivo de fortalecer a autonomia administrativa, financeira e a gestão das universidades e dos Institutos Federais por meio de parcerias com organizações sociais”, explicou.

O Future-se reúne uma série de ações desenvolvidas dentro de três eixos: Gestão, governança e empreendedorismo; Pesquisa e inovação; e Internacionalização. Wagner Vilas Boas de Souza abordou algumas ações que serão implementadas através do programa, destacando ainda que a intenção será proporcionar uma maior autonomia das universidades e Institutos Federais, sobretudo no que tange à gestão orçamentária e financeira. “É importante ressaltar que pela Constituição as universidades federais gozam de autonomia didático, científica, administrativa, de gestão financeira e patrimonial. Isso significa que o Future-se não irá alterar nenhum desses pontos. A autonomia da universidade prevista na Constituição não será alterada”, frisou.

O debate mencionou ainda o projeto de criação dos Centros de Desenvolvimento Regional (CDRs), uma das ões que integram o Future-se, propondo articulação entre atores para elaboração de planos estratégicos de desenvolvimento, aproximando academia, poderes públicos locais e comunidade. Para Paulo Barone a novidade que o CDR traz é o aporte a baixos custos da contribuição das universidades para tarefas importantes para o poder público e para a sociedade. “Essa é a novidade que o CDR traz para projetos que têm sido desenvolvidos pelo país. Exige que a universidade seja também capaz de ouvir os aspectos que a sociedade levanta, os anseios, as necessidades e demandas de tal maneira que é necessário estabelecer uma metodologia participativa para estabelecer alvos temáticos”, explicou o assessor.

Assista o debate na íntegra: